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MÉMOIRE – Conto interativo – Parte 4 (Final)
Richard cautelosamente abre a porta e espia por uma fresta a imagem do horror: debruçado sobre uma das várias mesas de necrópsia, cada uma delas ocupada por pelo menos um cadáver, está seu amigo Thomas dissecando uma mescla aterradora de carne, sangue e tripas. Suando frio, Richard decide pegar um abridor de cartas que estava no depósito e investir contra o amigo.
O chute de Richard na porta teria provocado um enorme susto em quem fazia uma autópsia com tamanha concentração, mas Thomas nem se mexeu. Tampouco olhou para a porta.
– Até que enfim está de pé, meu amigo….Pena que, com a sua alma ainda. Achei que tinha errado as doses em seu café – disse Thomas calmamente, com a voz abafada pela máscara cirúrgica – Como foi a sua primeira passagem?
– O que diabos você está falando?! O que você está fazendo com esse monte de corpos, homem?! – gritou Richard, enfurecido.
– Bom… Primeiro nós tentávamos realizar o ritual nas ruas de Whitechapel, mas após nossa quinta vítima percebemos que era mais fácil trazer todas para esse… lugar. – respondeu Thomas, que continuava dissecando aquela criatura disforme. E continuou após um esguicho de pus atingir seu avental – Até então só falhávamos com as mulheres: Elas não voltavam à vida. Mas oportunidades não faltariam pois ninguém daria falta das prostitutas, então preferi começar com elas meus experim…
Richard interrompeu o lunático erguendo a faca e correndo em sua direção. Ambos lutaram até que a camisa de Richard foi rasgada na região da barriga, revelando que existiam vários pontos, formando um “Y” em seu corpo, como se tivesse passado por uma autópsia. Paralisado pelo horror, pouco reagiu quando Thomas agarrou os pontos e os puxou violentamente, fazendo com que todos os órgãos abdominais se esparramassem pelo chão.
Richard, agonizando, conseguiu ainda ouvir seu algoz proferir as palavras que o assombrariam no pós vida:
– Prepare-se para essa sua segunda passagem, meu amigo. Pois dessa vez, não será sua alma a habitar seu corpo. Mas a de meu comparsa falecido: Jack.
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Um pouco pela pouca visitação ao blog, bem como a minha atual falta de tempo, fizeram desse mini projeto algo que não vou conseguir replicar mais uma vez, mas obrigado aos 68 que votaram pelo WordPress, Skype, face e twitter. =D